[Tag] - Eu Recomendo! - A Menina que Roubava Livros
Olá Leitores, como estão?
Hoje irei falar sobre a adaptação para o cinema do livro de 2005 do escritor Markus Suzak, A Menina que Roubava Livros, dirigida por Brian Percival e lançada no Brasil em 2014.

Apesar de ter apenas assistido ao filme posso afirmar-me que sou umas das melhores pessoas para discorrer a respeito de 2° Guerra Mundial, ocorrida entre os anos de 1939 à 1945, terminada com a queda do Ditador Adolf Hitler. A história escrita por Markus Suzak conta a vida de uma garota chamada Liesel Meminger filha de pais comunistas e vivente na Alemanha durante sua ascensão, até o início de sua queda em 1943, quando as tropas nazistas começaram a ser dizimadas e o Füher enlouqueceu.
A primeira cena inicia-se com uma narração da morte durante uma viagem de Trem, onde Liesel, sua mãe e seu irmão estão a caminho de outra cidade onde ela daria os filhos em doação, porém o menino morre, sendo enterrado nos trilhos do trem e a garota rouba seu primeiro livro.
O filme é uma intensa narração dos dois personagens principais, a morte e a garota, mostrando as emoção da vida da menina durante o Terceiro Reich, o relacionamento dela com as pessoas e as inúmeras partidas para o mundo dos mortos que ocorrem com vários de seus conhecidos. Acredito que a adaptação deveria vir com um grande aviso de "Assista com no mínimo três caixas de lenço ao seu lado", o que me faz refletir em como o livro deve ser emocionante, no sentido literal da palavra.
Entre os personagens temos um judeu, Max Vandenburg, um rapaz que chegou a residência dos Hubermann fugindo de Stuttgart, deixando sua mãe para trás, pois os soldados nazistas estavam matando e capturando o seu povo. Um personagem extremamente cativante, diga-se de passagem.
Rudy Steiner, um garoto que foi cativado pela beleza da moça desde o primeiro dia em que a viu. Ele acaba tornando-se seu melhor amigo e primeiro amor no decorrer da trama e por pouco não vive seu sonho de ser o corredor mais rápido do mundo.
Hans Hubermann, um homem gentil e simpático, pintor e tocador de acordeon que a ensina ler, vira o seu pai adotivo e é o primeiro na história a mostrar compaixão pela menina.
Rosa Hubermann, mãe adotiva da garota, uma personagem redonda, que começa má, grosseira e repleta de reclamações, mas ao longo da obra, torna-se uma mãe amorosa com Liesel.
A morte, uma personagem não exatamente visível na história, um narrador de seus feitos que encanta-se pela menina desde o começo até o fim de sua vida, a perseguindo e muitas vezes por causa dela, sendo tentado a ser humano.
E por último, Liesel Meminger ou Liesel Hubermann, a garota que dá nome a obra, uma personagem de certa forma, também redonda, inicia sua atuação de jeito mórbido, acanhada e sem demais qualidades, porém, por meio de sua curiosidade, evolui de um jeito surpreendente no decorrer da história, chegando a ser capaz de invadir a casa do prefeito para poder ler, e posteriormente, influenciada por Max, passa a escrever seu próprio livro, registrando sua vida nas páginas do que um dia foi Mein Kampf.
Foi um filme que certamente causou-me um impacto, ainda mais eu que adoro o tema retratado, porém algo que decepcionou-me foi o fato de os personagens principais serem menos marcantes do que os secundários, até porque eles parecem até mesmo mais vivos e humanos, ironicamente falando, mas a obra como um todo vai transformar a sua visão do Reich e causar-lhe boas emoções, eu gostei e por isso recomendo.